CAMPANHA SALARIAL 2021
Servidores Públicos de Itaiópolis rejeitam contraproposta do Poder Executivo
Reunidos em assembleia na tarde do último dia 12 de maio de 2021, os servidores públicos municipais, por decisão unânime, rejeitaram a contraproposta do Poder Executivo Itaiopolense para a negociação coletiva de trabalho 2021.
Os servidores entenderam que o prefeito Mozart enviou uma proposta desvalorizante e sem compromisso, na intenção de protelar a pauta reivindicatória da categoria.
Dos 12 pedidos formulados pela categoria e entregues ao prefeito, apenas 02 tiveram resposta e, quanto aos demais, o Município alegou impedimento pela Lei Federal 173/2020.
Os servidores lutam pela recuperação inflacionária, acumulando perdas salariais desde 2019. No ano de 2020 o ex-prefeito Reginaldo apenas concedeu reposição inflacionária parcial, não repondo todas as perdas.
Com esse somatório de perdas, os servidores acumulam mais de 8% de defasagem salarial, somente inflacionária, sem qualquer tipo de aumento real nos vencimentos.
A falta de compromisso da atual Administração para com as bandeiras de interesse dos servidores está inflamando a categoria a entrar em estado de greve e caso a Administração mantenha-se recalcitrante cogita-se pelos servidores a deflagração de greve nos próximos dias.
O que se percebe é que a inflação está puxando a alta dos preços dos alimentos, da carne, do gás de cozinha, dos combustíveis e os vencimentos dos servidores não estão acompanhando a corrosão da moeda.
Os servidores também reclamam da sobrecarga de trabalho e do excesso de cobrança da atual Administração, especialmente os que atuam na área da saúde, devido a pandemia do COVID - 19. O desgaste físico e emocional é visível.
"O prefeito não pode utilizar-se da Lei 173/2020 como subterfúgio para não atender as pautas da categoria. Queremos o cumprimento da Lei nº 622/2014, que determina como data base para revisão salarial anual o dia 1 de maio. Só exigimos que o Prefeito cumpra a Lei, que inclusive foi criada em 2014, ou seja, muito antes da pandemia", disse o presidente do Sindicato, Semião Pereira.