O prefeito municipal de Três Barras adotou caminho diferente dos demais municípios da Região. Enquanto municípios agonizam com a queda de recursos e fazem malabarismo para cumprir o atendimento a população com os serviços essenciais, em Três Barras o prefeito criou cargos no Samasa e na Administração Municipal. No inicio do mês de abril Luis Shimoguiri enviou a Câmara de Vereadores projeto de Lei para criação dos cargos que vão custar ao município Tresbarrense R$ 72.028,92 por ano no Samasa e R$ 647.613,00 na Administração. Por mês o município terá um gasto extra de R$ 53.967,75, sem contar a despesa extra no Samasa.

 

Na justificativa do projeto de Lei encaminhado a Casa Legislativa o prefeito alegou que está com folga no percentual de gasto com pessoal, ou seja, está sobrando dinheiro. Segundo levantamento financeiro da Prefeitura de Três Barras dos últimos 12 meses o município gastou com folha de pagamento o valor de R$ 29.577.761,68, que corresponde a 42,61% do limite máximo com gasto de pessoal da Administração que é de 54% do valor total da Receita Corrente Líquida.

 

Assim sendo, o prefeito tem uma folga de aproximadamente R$ 8.000.000,00 por ano para gastar com salário de seus servidores. Segundo o projeto de Lei do prefeito municipal, mesmo com a criação dos cargos ainda assim vai ter uma folga grande, pois passará dos atuais 42,61% para 43,54%, sendo que o máximo permitido pela Lei com gasto de pessoal é de 54%.

 

O projeto de Lei criando cargos na Administração Municipal de Três Barras e no Samasa foi aprovado pela Câmara por maioria de votos, no último dia 21 de maio.

 

Pela análise das informações, o prefeito de Três Barras está tranqüilo e com dinheiro de sobra para pagar seus servidores públicos. Mas não foi bem isso que aconteceu com a reunião com o Sindicato dos Servidores. Frente a uma lista de reivindicações dos funcionários públicos municipais, o prefeito limitou-se em dizer que já havia encaminhado para a Câmara de Vereadores projeto de lei concedendo ínfimos 2.07% a título de revisão geral anual. Depois de longos debates com a comissão de servidores, o prefeito disse que a partir do mês de setembro vai analisar as demais reivindicações dos funcionários.